foi quando levei pra cama um alguém real: carne, osso, dívidas no banco... você se deitou de pau duro e eu me debrucei sobre seus defeitos, seu ego, sua vontade de morrer e lambi sua alma. você gemeu antes mesmo de entender. gemeu muito tempo depois também. e eu tenho gemido seu nome enquanto durmo e lembrando da possibilidade da ilusão. mas eu tinha levado um alguém real pra cama e o combinado era gozar e partir. o combinado era brincar de conto de fadas, de filme pornô, de bang bang... naquela cama, pelo tempo necessário (e nunca se sabe ao certo) e parar. só que o caos, afonso, não age conforme o combinado
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